Os novos caminhos da energia: o elo entre o capital privado e público para a inovação no setor energético.
O setor energético brasileiro carrega uma particularidade: somos um país privilegiado em fontes renováveis, mas ainda dependente de um modelo vulnerável e cheio de contratempos. Hoje, cerca de 82,9% da nossa matriz elétrica vem de fontes renováveis (EPE/ANEEL, 2024), sendo a maior parte de usinas hidrelétricas. À primeira vista, isso soa como uma vantagem competitiva global. No entanto, na prática, a dependência quase exclusiva da água expõe o país a um risco estratégico: períodos de seca severa já custaram bilhões à economia e comprometeram a estabilidade do fornecimento.
E as falhas não param aí. As perdas elétricas, técnicas e comerciais, ultrapassam os R$ 10 bilhões por ano (ANEEL, 2023). Parte desse prejuízo decorre da defasagem em redes de transmissão e distribuição, além de subestações antigas, incapazes de atender às demandas de um país em expansão. O resultado? Interrupções, desperdícios, tarifas elevadas e uma sensação coletiva de que, mesmo sendo rico em recursos, o Brasil ainda não aprendeu a gerir bem sua energia.
Desafios que nos custam caro
Os gargalos da transmissão, a falta de modernização em ativos e a dependência tecnológica de equipamentos importados atrasam a evolução do setor. Em muitas concessionárias, a inspeção ainda é feita de forma manual, lenta e arriscada, deixando espaço para falhas que poderiam ser previstas. Soma-se a isso a dificuldade em equilibrar custo, eficiência e expansão, um dilema permanente da matriz elétrica brasileira.
O elo que transforma: público e privado juntos
A inovação só se torna impacto real quando o conhecimento sai dos laboratórios e encontra parceiros capazes de transformar ideias em soluções. Esse é o papel do elo entre universidades e empresas. Nós, da Kasco, nascemos nesse ambiente fértil: uma spin-off da Unicamp, que carrega a solidez da pesquisa acadêmica e a ousadia do empreendedorismo. É nesse encontro que nossas tecnologias ganham vida no mercado para resolver problemas concretos.
Um exemplo concreto dessa união é o nosso sistema de inspeção inteligente de redes elétricas, o KMVI. Combinando câmeras ópticas e termográficas, visão computacional e inteligência artificial, criamos uma solução capaz de detectar anomalias em linhas de distribuição em tempo real, sem a necessidade de expor técnicos em campo a riscos desnecessários.
Desenvolvido a partir da colaboração entre Unicamp e Kasco, o KMVI já opera no Brasil e em outros países da América Latina, mostrando na prática como a união entre universidade, empreendedores e setor privado gera mais eficiência, redução de custos e confiabilidade para o setor elétrico.
Rumo à independência tecnológica
O Brasil não pode depender eternamente de importar equipamentos ou métodos prontos. O caminho para a independência tecnológica no setor energético passa pela junção de investimento privado, apoio institucional e inteligência acadêmica. Essa união não só garante maior resiliência para o sistema elétrico, como também fortalece a posição do país no cenário global de energia limpa e digitalizada. Essa é a proposta central dos novos caminhos da energia: transformar nossas dificuldades em oportunidades por meio da inovação.
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